Porque o espirito que sopra é uma noite que acalanta sobre o quebrantar de todas as vestes...
Onde somente despidos de todas as sensações nos enternecemos da vida...
Quando se é puro avivamento!
Ao romper do dia, ao cantar do ventre
Ao brotar da terra, semear constante...
Porque é lida afora, porque o amor há dentro
Porque a busca é santa e a palavra insiste
Ao dizer calado, ao ouvir sentindo
Porque a fé exala em oração... pedido...
E se ao tocar marcado, o pulsar resiste
E se ao contar colado, o soprar se abriu...
É que a dança é lenta, e o andar? Retido.
Onde a fala é branda, só olhar contido...
Mas se a alma é santa e o coração recanta
E se o tempo é gente e, se ao voltar... partiu...
Quero o quebranto das vestes e incertezas despidas
Sou o sopro do ventre, acalanto ao sonhar...
Quero o coração gente, enternecido da vida!
Sou o brotar da semente, avivamento, amar...
Escrito por Marcello Tibiriçá.
Nenhum comentário:
Postar um comentário