domingo, 1 de março de 2015

Vestes da madrugada...

Vestes da madrugada...

Porque o espirito que sopra é uma noite que acalanta sobre o quebrantar de todas as vestes...

Onde somente despidos de todas as sensações nos enternecemos da vida...

Quando se é puro avivamento!

Ao romper do dia, ao cantar do ventre
Ao brotar da terra, semear constante...

Porque é lida afora, porque o amor há dentro
Porque a busca é santa e a palavra insiste

Ao dizer calado, ao ouvir sentindo
Porque a fé exala em oração...  pedido...

E se ao tocar marcado, o pulsar resiste
E se ao contar colado, o soprar se abriu...
É que a dança é lenta, e o andar? Retido.
Onde a fala é branda, só olhar contido...

Mas se a alma é santa e o coração recanta
E se o tempo é gente e, se ao voltar...  partiu...

Quero o quebranto das vestes e incertezas despidas
Sou o sopro do ventre, acalanto ao sonhar...
Quero o coração gente, enternecido da vida!
Sou o brotar da semente, avivamento, amar... 

Escrito por Marcello Tibiriçá.

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